Friday, February 1, 2013

Santa Maria

Esta semana uma cidade se cobriu de tristeza e todo o país se comoveu diante da trágica morte de mais de duzentos jovens universitários ocorrida durante uma festa numa boate devido a uma série de falhas da segurança do local. É impossível permanecer impassível diante das cenas chocantes dos corpos estendidos no chão e a visão dos inúmeros esquifes enfileirados num ginásio, cercado por familiares devastados. Olhamos para as fotos das vítimas e vemos ali vidas que, no auge de seu brilho e beleza, foram dizimadas de forma banal.

Desejamos que todas as diligências necessárias sejam feitas para se apurar os fatos e identificar os culpados. Infelizmente nada trará os que partiram de volta ao seio do lar ou mesmo poderá apagar a dor das centenas de pais e mães que estão desolados neste momento. Mesmo os sobreviventes carregarão permanentemente as sequelas físicas e emocionais do ocorrido.

Chama a atenção o fato deste holocausto ter ocorrido numa cidade chamada de Santa Maria, um nome que nos traz à mente a terna figura daquela que carregou em seu ventre e depois em seus braços o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo durante sua infância. Maria sofreu, como mãe, a terrível experiência de ver seu filho sendo morto de forma cruel e injusta, vestido com uma coroa de espinhos e atravessado em suas mãos e pés por pregos numa cruz romana.

Entretanto, foi no nascimento do Salvador que Maria demonstrou o propósito da vinda dele, quando, ainda em seu período de gravidez, disse: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador.” (Lucas 1.46-37). Quão relevantes foram estas palavras e como elas podem ser transformadoras para cada um de nós, especialmente aos que sofrem, pois elas traduzem o verdadeiro significado da vida. Note que Maria menciona a existência de sua alma e espírito, conferindo um aspecto não material à vida. Este é, então, o primeiro ensinamento aqui: Não somos apenas um corpo material, perecível, corruptível, que acaba aqui, sem propósitos eternos, mas temos uma alma e espírito. Em segundo lugar, ela nos ensina que o seu espírito se alegrou em Deus, seu Salvador. Aqui aprendemos que este lado imaterial do ser deve encontrar alegria unicamente naquele que é o autor da vida, o próprio Deus. O terceiro ensinamento é o reconhecimento da necessidade de um Salvador. Aqui está uma afirmação ousada, mas bíblica: Foi Maria quem disse que precisava de um Salvador, pois se alegrou em ter um!

Precisamos de um Salvador! Esta é a mensagem que a cidade de Santa Maria e cada um de nós deve ouvir em alto e bom som. A cada tragédia percebemos que a vida é vazia e aparentemente sem propósito, mas há uma esperança: O Senhor Jesus Cristo. Somente ele pode enxugar as lágrimas dos enlutados e trazer de volta a alegria perdida por tanto sofrimento.