Esta semana uma cidade se cobriu
de tristeza e todo o país se comoveu diante da trágica morte de mais de duzentos
jovens universitários ocorrida durante uma festa numa boate devido a uma série
de falhas da segurança do local. É impossível permanecer impassível diante das
cenas chocantes dos corpos estendidos no chão e a visão dos inúmeros esquifes enfileirados
num ginásio, cercado por familiares devastados. Olhamos para as fotos das
vítimas e vemos ali vidas que, no auge de seu brilho e beleza, foram dizimadas
de forma banal.
Desejamos que todas as
diligências necessárias sejam feitas para se apurar os fatos e identificar os
culpados. Infelizmente nada trará os que partiram de volta ao seio do lar ou mesmo
poderá apagar a dor das centenas de pais e mães que estão desolados neste
momento. Mesmo os sobreviventes carregarão permanentemente as sequelas físicas
e emocionais do ocorrido.
Chama a atenção o fato deste holocausto
ter ocorrido numa cidade chamada de Santa Maria, um nome que nos traz à mente a
terna figura daquela que carregou em seu ventre e depois em seus braços o nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo durante sua infância. Maria sofreu, como mãe, a
terrível experiência de ver seu filho sendo morto de forma cruel e injusta, vestido
com uma coroa de espinhos e atravessado em suas mãos e pés por pregos numa cruz
romana.
Entretanto, foi no nascimento do
Salvador que Maria demonstrou o propósito da vinda dele, quando, ainda em seu
período de gravidez, disse: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se
alegrou em Deus, meu Salvador.” (Lucas
1.46-37). Quão relevantes foram estas palavras e como elas podem ser transformadoras
para cada um de nós, especialmente aos que sofrem, pois elas traduzem o
verdadeiro significado da vida. Note que Maria menciona a existência de sua
alma e espírito, conferindo um aspecto não material à vida. Este é, então, o
primeiro ensinamento aqui: Não somos apenas um corpo material, perecível,
corruptível, que acaba aqui, sem propósitos eternos, mas temos uma alma e
espírito. Em segundo lugar, ela nos ensina que o seu espírito se alegrou em
Deus, seu Salvador. Aqui aprendemos que este lado imaterial do ser deve encontrar
alegria unicamente naquele que é o autor da vida, o próprio Deus. O terceiro
ensinamento é o reconhecimento da necessidade de um Salvador. Aqui está uma
afirmação ousada, mas bíblica: Foi Maria quem disse que precisava de um
Salvador, pois se alegrou em ter um!
Precisamos de um Salvador! Esta é
a mensagem que a cidade de Santa Maria e cada um de nós deve ouvir em alto e
bom som. A cada tragédia percebemos que a vida é vazia e aparentemente sem
propósito, mas há uma esperança: O Senhor Jesus Cristo. Somente ele pode
enxugar as lágrimas dos enlutados e trazer de volta a alegria perdida por tanto
sofrimento.
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