O drama da crucificação inicia-se em Mateus 26, onde a conspiração para assassinar Jesus é criada. Na verdade, num sentido muito importante, a vida inteira de Cristo tinha sido um prólogo para esse momento. Ele condescendeu em se tornar um homem com o propósito expresso de morrer (Jo 12.27; Fp 2.4-7; Hb 2.14). Ao levantar-se perante Pilatos para ser condenado à morte, o próprio Cristo disse, "Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo" (Jo 18.37). Ele falou repetidamente da hora da sua morte como "minha hora" (Jo 2.4; 7.6,30; 8.20; 12.23; 13.1;17.1). Tudo na sua vida foi uma preparação para a hora da sua morte.
A conspiração maligna afinal seria bem-sucedida, mas somente de acordo com o plano divino, e somente de acordo com o horário divino. Na verdade, se o assassinato de Jesus não fosse parte do plano eterno de Deus, nunca teria acontecido. Jesus disse da sua vida, "Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai" (Jo 10.18). Pilatos tentaria forçar Jesus a responder às acusações contra ele citando a própria autoridade dele como governador: "Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?" (Jo 19.10). Mas Jesus respondeu, "Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada" (v. 11). Claramente, Deus tinha a soberania absoluta sobre todos os aspectos do que estava acontecendo.
Observe que o esquema do Sinédrio era "prender Jesus, à traição, e matá-lo. Mas diziam: Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo" (Mt 26.4,5). Eles sem dúvida esperavam matá-lo o mais discretamente possível, e então escolheram esperar até que a época da Páscoa tivesse terminado e Jerusalém estivesse menos cheia de gente. Isso novamente revela a soberania de Deus sobre os esquemas dos homens. Eles queriam evitar um escândalo público no dia da festa; o desígnio de Deus era para Cristo morrer na Páscoa, da maneira mais pública possível.
“Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas.” (Mt 26.56). Do nascimento à sua morte, incluindo as palavras de Cristo na cruz, e o selo de sua vitória sobre a morte, a ressurreição ao terceiro dia, estavam nos planos do Pai. Cristo venceu porque Ele é o Senhor da história!
Pela graça de Deus, você e eu fazemos parte dessa história, pois para isto é que Jesus deu a sua vida: para salvar o seu povo e formar a sua Igreja, a noiva que aguarda pelas bodas do Cordeiro. Nesta certeza é que podemos dizer com o apóstolo Paulo: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6). Aleluia! Glorifiquemos ao Senhor!
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