Verdadeira Adoração

Com tantas novidades que vemos nos cultos de hoje, queremos meditar sobre a essência do culto que agrada a Deus. Leia o capítulo 9 de Levíticos e perceba QUAIS ERAM OS ASPECTOS PRESENTES NO CULTO ali prestado:

1^o) Deus - “traze-os perante o SENHOR” (v. 2) – O objetivo do culto é agradar ao Senhor, é glorificá-lo, é honrá-lo, é obedecê-lo. A tendência atual é a de nos preocuparmos muito mais em agradar às pessoas do que a Deus. Será que, deste modo, Ele estará presente em nossos cultos? Veja que no AT os elementos do culto causavam até repugnância em muitos dos participantes em razão do grande derramamento de sangue, mas agradava a Deus, pois era feito em obediência à sua Palavra (veja os vs. 8-14). “... e a glória do SENHOR vos aparecerá” (v. 6) – O Senhor honrará o culto prestado em reverência e obediência.

2^o) Os Adoradores - “toda a congregação” (v. 5) – Do outro lado temos o adorador, que se coloca na posição de servo, em humildade e reverência, pronto para engrandecer ao seu Deus, na esperança de que seja aceita a sua oferta e o Senhor o abençoe. Era uma mistura de temor, admiração e expectativa alegre. Havia alegria, mas havia reverência: “... o que vendo o povo, jubilou e prostrou-se sobre o rosto” (v. 24)

3^o) O Sacerdote – “Arão... oferta pelo pecado que era por si mesmo” (v. 8) - Por causa do seu pecado, o povo não podia se aproximar de Deus diretamente. Somente o sacerdote eram quem deveria intermediar a adoração do povo diante de Deus. Era também quem intercedia pelo povo. Mas o sacerdote, sendo ele mesmo pecador, deveria oferecer sacrifício por si mesmo. Cristo é o nosso sumo-sacerdote, que, sendo perfeito, nos leva à presença do Pai (veja Hb 7.23-27 e Jo 14.6). Já não há mais necessidade de nenhum homem para nos levar a Deus. O sacerdócio universal de todos os crentes (1Pe 2.9) indica que, através de Cristo, podemos nos achegar ao trono de Deus.

4^o) A Instrução da Palavra – “que o SENHOR ordenou fareis” (v. 6) –Todo o culto deveria seguir exatamente as prescrições divinas. Assim a Palavra de Deus era um fator central. Todas as coisas deveriam ser feitas em obediência. Não cabia a criatividade humana naquele culto.

5^o) O Sacrifício - “para sacrificar perante o Senhor” (v. 4) – O centro desse culto era o sacrifício que apontava para a cruz de Cristo. “Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados” (Hb 9.22). Qualquer aspecto da adoração que procura levar o adorador ao Santo dos Santos sem passar pelo Mediador e o sacrifício leva ao julgamento. O sacrifício de Cristo na cruz é central para a realização do culto a Deus. “Ninguém vai ao Pai senão por mim”, diz o Salvador.

Assim, perguntamos: de que maneira poderemos oferecer um culto que verdadeiramente agrade ao nosso Deus? Isto somente é possível quando buscamos conhecê-lo profundamente por meio da sua Palavra (leia Hb 12.28-29; e Jo 4.23). Que possamos ser fiéis em tempos de tantas mudanças.

Rev. Paulo César N Santos