Você já percebeu o quanto nós dependemos da morte para poder viver? Nosso alimento cotidiano é feito de seres vivos mortos. Você se dá conta de que um boi inteiro foi sacrificado para que você pudesse ingerir um minúsculo pedaço dele cheio de proteínas, ou que um frango de granja deixou de existir para que você pudesse saborear uma coxinha na padaria? E se pensarmos nos indispensáveis legumes e verduras? Desta vez espécies do reino vegetal, arrancados de sua existência para nos suprir com saúde e energia. Ao olhar para o prato nosso de cada dia percebemos que vivemos da morte, nos alimentamos dela. A ideia aqui, em suma é: para que um desses seres vivos possa ser útil a nós, em termos de nossa subsistência, ele precisa morrer.
Antes que você possa correr o risco de começar a ter algum tipo de dor de consciência, ou talvez aderir ao vegetarianismo, a própria Bíblia nos dá plena liberdade de ingerir tudo o que é vivo e comestível. Um exemplo disso é o próprio Deus alimentando seu povo no deserto com codornizes (Sl 105.40).
No reino espiritual não é diferente. Por causa da condenação à morte eterna a que todos estamos sujeitos em virtude de sermos pecadores (Romanos 3.23; 6.23) precisamos que alguém nos outorgue vida. E isto acontece somente através da morte desse outorgante: o Senhor Jesus Cristo. É isto que celebramos na Páscoa! O próprio Senhor diz: “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.” (João 12.24). Jesus aqui apontava para o efeito de sua própria morte, que era o de produzir vida. Nos lembramos também de sua maravilhosa promessa: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10). O único meio disto ocorrer seria entregando a sua vida por nós na cruz. O derramamento do Seu sangue livrou o nosso.
Finalmente, encontramos igualmente na Bíblia a verdade de que nós também temos que morrer para que a vida brote. Explico: Em Romanos 6.11 lemos: “Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus”. E ainda: “foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos” (v. 6). Em Cristo, estamos mortos para o pecado e ressuscitados com Ele para uma nova vida! Assim, vivemos mortificando os efeitos da carne com a ajuda do Espírito Santo.
“O último inimigo a ser destruído é a morte” (1Coríntios 15.26). Graças a Deus por esta promessa! A morte do Filho de Deus foi a sentença definitiva contra a própria morte! Um dia haverá novo céu e nova terra, “e a morte já não existirá” (Apocalipse 21.4). Louvemos ao Senhor nesta Páscoa pela vida que Ele nos dá. A morte foi vencida! Aleluia!
No comments:
Post a Comment