Thursday, December 30, 2010

Feliz Ano Velho!

Devo começar afirmando que o título desta pastoral não é novo. Foi originalmente cunhado pelo escritor Marcelo Rubens Paiva como título de sua autobiografia. Em sua obra, este autor, que não é cristão, retrata como foi para um jovem sofrer um trágico acidente e passar a viver em uma cadeira de rodas. Até aí nada de novo. Extraordinário foi o caso de Joni Eareckson Tada, uma mulher cristã que, tendo sofrido um acidente semelhante que a tornou paraplégica, teve a sua vida transformada para ser uma grande bênção para milhares de pessoas (visite www.joniandfriends.org).

A propósito, o que há de novo? Ao assistir o programa televisivo Retrospectiva fica evidente que o ciclo anual e, consequentemente, da vida, envolve altos e baixos, alegrias e várias tristezas, tragédias naturais, conquistas científicas e esportivas, casos de violência e irracionalidade humana, milagres, superação, e incontáveis mortes a cada ano. São coisas que simplesmente não podemos evitar ou controlar.

Esta é a percepção do autor de Eclesiastes, o rei Salomão: “Geração vai e geração vem; mas a terra permanece para sempre”; “O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Não! Já foi nos séculos que foram antes de nós”. E conclui: “Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento”; (Ec 1.4,9,14).

Nesta vida só restam incertezas: “Porque para todo propósito há tempo e modo; porquanto é grande o mal que pesa sobre o homem. Porque este não sabe o que há de suceder; e, como há de ser, ninguém há que lho declare. Não há nenhum homem que tenha domínio sobre o vento para o reter; nem tampouco tem ele poder sobre o dia da morte; nem há tréguas nesta peleja [...]”. “Pois o homem não sabe a sua hora. Como os peixes que se apanham com a rede traiçoeira e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se enredam também os filhos dos homens no tempo da calamidade, quando cai de repente sobre eles” (Ec 8.6-8, 9.12).

Antes que sejamos tomados por um senso de desespero e inutilidade da vida por meio de palavras tão desesperançadas, é preciso atentar para o fato de que o autor não pretende desistir de tudo e lançar-se num poço de depressão diante das circunstâncias incontroláveis da vida. Antes, a sua mensagem é: “Lembra-te de teu Criador nos dias da tua mocidade antes que venham os maus dias” (12.1). Lembra-te! Lembra-te de teu Criador! “Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem” (12.13).

Sem Deus não há novidade de vida! Sem Cristo não há propósito para se viver mais um ano, e nem um dia sequer. Sem Ele tudo é vaidade e correr atrás do vento. “Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará; indo-se como veio; e do seu trabalho nada poderá levar consigo. Também isto é grave mal: precisamente como veio, assim ele vai; e que proveito lhe vem de haver trabalhado para o vento?” (5.15-16). O próprio Jesus diz: “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mt 16.26).

Decida viver um Ano Novo diferente, renovado, debaixo da bênção e proteção do Senhor, vivendo sob sua obediência, aprendendo sua Palavra a cada dia, em íntima comunhão com Ele, colocando-se a seu serviço, investindo dons e talentos e seu mais precioso recurso: seu tempo, para glorificá-lO. Inicie o ano colocando sua vida no altar do Pai, pedindo para que Ele decida seus passos, seus planos, seus objetivos futuros. Reflita, ore, e experimente a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Abençoado Ano Novo!

Lições de um Nascimento




Ao vislumbrar o pequeno bebê na manjedoura, somos levados a indagar: Que palavras seriam eficazes para explicar o tamanho do amor que Deus tem por nós? Por melhores que fossem, seriam vazias. No entanto, Natal é sempre tempo de pararmos e pensarmos no que tudo isto representou. Eis algumas reflexões:

A história de José e Maria mostram vividamente que a bênção do Senhor pode vir sobre um casal simples e pobre, e ser recebida em meio a grandes provações, sem nenhuma relação com ganhos materiais.

Para o nascimento do Filho de Deus, foram dispensados os melhores doutores, parteiros, toda a ciência médica de sua época. Deus não precisa de artifícios humanos para realizar a sua vontade, basta que existam corações humildes e obedientes que Ele mostrará o seu poder, assim como foram os corações de José e Maria, que, juntos ou individualmente demonstraram submissão à vontade divina.

Muitos que, por força da situação, tivessem que ver seu filho nascendo em um estábulo, se sentiriam desencorajados, ou abandonados por Deus. No entanto, ali foi o lugar escolhido para a vinda do seu próprio Filho, o lugar de adoração de magos e pastores. Nunca duvidemos dos propósitos do Senhor em nossas vidas, ainda que tenhamos que passar pelo vale da sombra da morte. Os seus caminhos são sempre mais altos que os nossos caminhos.

Deus escolheu a melhor instituição para criar seu Filho: o lar. Deus valorizou e honrou um casamento fiel, feito em temor a Ele. Percebe-se que a virgindade faz parte do propósito de Deus para o casamento. Deus honrou aquela união, pois embora fossem de carne e osso como qualquer um de nós, havia o respeito mútuo e, acima de tudo, o respeito a Deus. Por mais humilde que fosse, esse era um ambiente mais aconchegante e seguro do que os grandes palácios de um rei pagão. Assim também nosso lar é o lugar mais apropriado para criarmos nossos filhos, desde que sob o senhorio de Cristo.

A Palavra de Deus, por intermédio do profeta Miquéias, foi a verdadeira fonte de informação para que os magos saíssem do Oriente e fossem a Belém ver o menino. Por outro lado, foi também o meio usado por Herodes para encontrá-lo a fim de o matar. Vemos duas lições aqui: a primeira é que a Palavra é o único meio de nos levar a Cristo. A segunda é que o próprio diabo pode usá-la com seus propósitos malignos como fez no deserto tentando a Jesus e como faz ainda hoje através das inúmeras seitas que a utilizam para disseminar o engano.

A história de Jesus é a própria antítese da chamada teologia da prosperidade. A grande lição é que em um ambiente absolutamente humilde e até inóspito como um curral para animais ocorreu o primeiro maior acontecimento da história: o nascimento do Messias. O segundo maior evento da história aconteceu em um lugar insólito, numa cruz, num lugar chamado Caveira: a morte do Cordeiro de Deus. E o terceiro maior acontecimento da história aconteceu numa tumba: a ressurreição do Rei dos reis.

Hosana nas maiores alturas!

Rev. Paulo César Nunes dos Santos

Simplesmente Bíblia!

No topo da lista de todas as coisas que nós, crentes em Cristo Jesus, mais prezamos, estão, sem dúvida alguma, as páginas das Sagradas Escrituras. Nelas encontramos vida, pois, por intermédio de suas palavras ouvimos a voz do nosso Criador e de nosso Salvador. Ela nos exorta, repreende, corrige, encoraja, acalma, cala, transforma, ensina, dá esperança, mostra a verdade. Nela temos real comunhão com Deus pois o seu Espírito age profundamente nos corações daqueles que sinceramente buscam compreendê-la e aplicá-la às suas vidas.

Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos”, diz o salmista, mostrando a plena autoridade que ela deve exercer sobre nossas vidas se não quisermos tatear nas trevas e afundar-nos em nossa própria sabedoria. Sobre o Livro da Lei, Deus ordena a Josué e a todos nós: “medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito” e promete: “então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido.

Não por acaso, a Bíblia é o livro mais lido no mundo e foi o primeiro a ser impresso na História, no século 16. Completa ou em trechos, pode ser encontrada em mais de duas mil línguas e dialetos. A primeira tradução deve ter sido elaborada cerca de 200 a 300 anos antes de Cristo: a Septuaginta. O conhecido João Ferreira de Almeida foi o primeiro a produzir uma versão completa da Bíblia em português, em 1753. Amigo(a) leitor(a), a bíblia só chegou até você por um milagre divino de preservação dos textos originais e cópias através dos séculos.

Hoje comemoramos o dia da Bíblia. Mais do que simplesmente agradecermos a Deus pela sua revelação, está na hora de colocarmos a Sua Palavra no devido lugar em nossa vida diária. O salmista diz: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!”, e também: Amo os teus mandamentos mais do que o ouro refinado”. Será que temos expressado esta mesma fome e amor pela Palavra? Diz um provérbio bíblico: “Melhor é a sabedoria do que jóias, e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela.” Não jogue fora o melhor de sua vida: leia a Bíblia diariamente!

Thursday, December 2, 2010

“... e ele fugirá de vós”

Não se fala de outra coisa esta semana senão da conquista policial e militar de um território antes dominado pelo mal nos morros cariocas. Graças a Deus, o número de vítimas foi muito baixo, se pensarmos no poder de fogo do armamento utilizado dos dois lados, e da ostensividade dos ataques. Creio que o sentimento geral é o de que, há muito aguardávamos por isso, e louvamos a Deus porque a espada do Estado foi usada contra os malfeitores (“aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação [...] porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal” (Rm 13.2,4). Que Deus abençoe a Vila Cruzeiro, o Complexo do Alemão e todas aquelas comunidades libertadas. Que Deus abençoe os policiais e as autoridades que se fizeram presentes na vida do povo.

Uma das imagens que mais será lembrada de todo esse confronto, tenho certeza, será a tresloucada fuga a pé dos bandidos, saindo da Vila Cruzeiro (até então o inexpugnável reduto do tráfico carioca) para o Complexo do Alemão, passando por cima de um morro. Podemos crer que, se a polícia tivesse previsto essa possibilidade de fuga, teria armado uma rede para fazer um grande arrastão. Haveria muito peixe graúdo entre as espécies apanhadas!

A lição que fica é que o inimigo era tremendamente forte, porém não imbatível! Com um pouco de boa vontade entre governos e as Forças Armadas, unindo propósitos, homens e armas, foi possível derrubar a fortaleza do crime depois de muitas décadas de domínio.

Assim é no reino espiritual. Temos um Inimigo poderosíssimo: Lúcifer, Satanás, o diabo, o acusador, o tentador, o enganador, o sedutor de todo o mundo, o dragão, a antiga serpente, o pai da mentira, o leão que ruge procurando alguém para devorar. Não há como fugir dele, pois o seu território não está restrito a nenhum lugar. “O mundo inteiro jaz no Maligno” (1Jo 5.19). Ele é um bandido terrível que “[...] vem somente para matar, roubar e destruir” (Jo 10.10), e que tem um enorme bando de demônios a seu serviço (Ef 6.12). “Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera...” (Ap 12.12) Isto é terrivelmente assustador!

Por outro lado, a Bíblia diz: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7). A grande notícia é que ele não é invencível! Na cruz de Cristo, o Inimigo de nossas almas já foi derrotado. Hoje, ele sabe que “pouco tempo lhe resta” (Ap 12.12). Entretanto, assim como os traficantes, Satanás não tem medo de ninguém sozinho, e nem de todos nós juntos, mas treme diante da autoridade de Deus e do Senhor Jesus Cristo. Nele, o Inimigo encontra seu limite (“aquele que é nascido de Deus [...] o Maligno não lhe toca” (1Jo 5.18) Por causa dele, os demônios tremem (Tg 2.19).

Assim sendo, todo aquele que quiser se ver protegido do poder do Inimigo deve, antes de qualquer coisa, sujeitar-se a Deus. É nele que encontramos abrigo (Sl 46.1). É dele que vem a armadura para nos proteger dos tiros diabólicos (Ef 6.16). Só Ele pode repreender a Satanás (Jd 9). Só Ele pode amarrá-lo (Ap 20.2-3). Atrás de suas linhas estamos protegidos! Afinal, “se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31).

Finalmente, depois de sujeitar-nos a Deus, podemos e devemos resistir ao diabo, às suas tentações, insinuações, ataques, mentiras, e ameaças. Ao se ver derrotado, a promessa que temos é a de que “ele fugirá de vós”. Glória a Deus porque nesta batalha, já “somos mais do que vencedores por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37)!

Rev. Paulo César N Santos

Friday, November 19, 2010

Tudo passa rapidamente e nós voamos

Estamos no fim do ano: correria, cansaço, impaciência, trânsito, e mais trânsito. Muito trabalho, cobranças, balanços, metas, fechamento. Provas, trabalhos, datas-limite, madrugadas em claro. Planejamento, agendamentos para 2011, e novas metas, puro stress! Tudo no fim do ano parece conspirar contra a nossa paz! A vida parece passar mais ligeira assim que a Primavera se inicia. E o ano de 2010? Não é de se espantar que tenha passado tão rápido. A Copa do mundo e as eleições em dois turnos parecem ter abreviado o calendário. Os feriados do segundo semestre também ajudam a literalmente encurtar a semana. Desta maneira, com a mesma sabedoria revelada por Moisés há 3.500 anos atrás, podemos dizer: “Tudo passa rapidamente e nós voamos!” (Sl 90.10).

Tudo isto me leva a pensar: Há meios de se escapar desta roda viva? Sinceramente, duvido. A cultura econômica e materialista que nos envolve simplesmente nos impele a viver nesse ritmo frenético. Quem não se mantiver em rápido movimento, é excluído, sem cerimônias. Nesta sociedade, fomos feitos para estudar, trabalhar e consumir, e assim manteremos o mundo girando. Por esta razão, precisaremos sempre buscar ajuda no Senhor para manter o foco da vida no lugar. Eis algumas maneiras de se fazer isto:

01) Lance sua ansiedade sobre Deus! Pedro nos diz que uma boa razão para isto é porque “Ele tem cuidado de nós” (1Pe 5.7). O apóstolo Paulo reafirma o ensinamento de Jesus: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.6,7; Mt 6.25-34). Quanto maior a ansiedade, maior é o stress e a canseira. Jesus é a solução.

02) Reveja o propósito da sua vida! Corremos para viver ou vivemos para correr? O autor de Eclesiastes questiona: “Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?” (Ec 1.3) Ele mesmo responde: “Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol.” (Ec 1.11). Sem Deus, a vida é vazia, e a sociedade, um vale de ossos secos.

03) Redefina prioridades com base nos seus valores! Faça uma análise e redefina suas próprias metas com base no propósito maior de viver. Não se pode fazer tudo na vida, mas precisamos achar tempo para aquilo que é prioritário: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.34). E ainda: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1Tm 5.8). O trabalho ou os estudos são aspectos necessários da nossa vida, mas não podem suplantar a Deus e a família.

A vida é uma oportunidade finita de plantarmos aquilo que iremos colher aqui amanhã e pela eternidade (Jo 6.27). Não deixe que os muitos afazeres lhe desviem desse propósito.

Templo da IPM

Quem, pois, está disposto, hoje, a trazer ofertas liberalmente ao Senhor?

(1Cr 29.2)

Queridos irmãos da IPM,

Tenho o privilégio de convocar a todas as famílias da IP Morumbi para uma programação muito especial: O Chá dos Membros da IPM que será realizado no dia 27 de Novembro de 2010, sábado, às 17 horas na IPM, com 2 propósitos: 01) Aquisição do Terreno da IPM; 02) Apresentação da Liderança para 2011.

Vivemos um momento muito importante para a vida da Igreja Presbiteriana do Morumbi. Até aqui o Senhor nos tem ajudado (1Sm 7.12). Foi nEle, por meio dEle, e para Ele, que chegamos até aqui. Após 6 anos de trabalho na Vila Andrade e 4 anos no endereço atual, cremos que chegou a hora de darmos um passo mais firme em direção ao objetivo de estabelecermos o local definitivo desta igreja no bairro do Morumbi.

Cremos que é a vontade do Senhor usar nossas vidas para algo sublime do qual não temos real noção de sua grandeza, deixando um legado para várias gerações, com frutos eternos, até Jesus voltar! Uma igreja neste bairro servirá para que o nome do Senhor Jesus seja proclamado e honrado nesta região e em muitos outros lugares onde a igreja for despertada a alcançar.

Assim, convidamos você e sua família para buscarmos juntos a presença do Senhor em oração e obtermos disposição em torno desta causa. Deus é o nosso Guia e será Ele quem nos indicará onde, quando e como a IPM terá seu novo lar. Por enquanto queremos nos dispor a ouvir a voz do Senhor e conclamar a cada um dos membros a colocar este propósito no seu coração e dar voz às suas opiniões e ideias. Sua participação é bem-vinda!

O que se espera da igreja neste momento?

01) Oração – “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Mt 7.7-8). Cremos que o estabelecimento de uma igreja vem de Deus (1Co 3. ). Seria muito perigoso de nossa parte não suplicar ao Senhor para que nos dê: a) imensa sabedoria na escolha do local; b) os recursos necessários para a aquisição; c) um projeto que contemple além de nossa própria geração.

02) Fidelidade nos dízimos – Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa” (Ml 3.10). Estou certo de que, se cada membro de nossa igreja, no irrestrito cumprimento do dever bíblico, for fiel nos dízimos, teremos condições de encaminhar melhores recursos para a poupança. Isto indica que, os que não dizimam, além de estarem em desobediência à Palavra, acabam prejudicando todo o Corpo.

03) Liberalidade nas ofertas – Temos excelentes exemplos na Bíblia de como o povo de Deus age quando é chamado a ofertar: Com Moisés:Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel que me tragam oferta; de todo homem cujo coração o mover para isso, dele recebereis a minha oferta.” (Ex 25.1-2); “Vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração; trouxeram fivelas, pendentes, anéis, braceletes, todos os objetos de ouro; todo homem fazia oferta de ouro ao Senhor” (Ex 35.22) Com Davi:O povo se alegrou com tudo o que se fez voluntariamente; porque de coração íntegro deram eles liberalmente ao Senhor; também o rei Davi se alegrou com grande júbilo” (1Cr 29.9).

04) Olhos abertos – A oportunidade por um terreno ideal para a igreja não deve vir apenas do Conselho ou da Comissão de Aquisição, mas de qualquer irmão que percebê-la. Este deve informar ao pastor ou presbíteros, para podermos imediatamente conhecê-la.

Amado(a), não existe projeto na vida mais consistente e com retorno mais garantido do que o investimento na obra do Senhor, e particularmente, na construção de uma igreja. Que o Senhor use poderosamente nossas vidas hoje, para que, daqui a 30 anos, em um aniversário da IPM, se reconte, com alegria, o grande zelo e amor desta presente geração.

Que o Senhor nos abençoe.

Que o nosso Pai nos abençoe.

UNIVERSIDADE MACKENZIE: EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO RELIGIOSA

A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.

Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.

Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 [LINK http://www.ipb.org.br/noticias/noticia_inteligente.php3?id=808] e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.

Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.

Para ampla divulgação.