Friday, November 19, 2010

Tudo passa rapidamente e nós voamos

Estamos no fim do ano: correria, cansaço, impaciência, trânsito, e mais trânsito. Muito trabalho, cobranças, balanços, metas, fechamento. Provas, trabalhos, datas-limite, madrugadas em claro. Planejamento, agendamentos para 2011, e novas metas, puro stress! Tudo no fim do ano parece conspirar contra a nossa paz! A vida parece passar mais ligeira assim que a Primavera se inicia. E o ano de 2010? Não é de se espantar que tenha passado tão rápido. A Copa do mundo e as eleições em dois turnos parecem ter abreviado o calendário. Os feriados do segundo semestre também ajudam a literalmente encurtar a semana. Desta maneira, com a mesma sabedoria revelada por Moisés há 3.500 anos atrás, podemos dizer: “Tudo passa rapidamente e nós voamos!” (Sl 90.10).

Tudo isto me leva a pensar: Há meios de se escapar desta roda viva? Sinceramente, duvido. A cultura econômica e materialista que nos envolve simplesmente nos impele a viver nesse ritmo frenético. Quem não se mantiver em rápido movimento, é excluído, sem cerimônias. Nesta sociedade, fomos feitos para estudar, trabalhar e consumir, e assim manteremos o mundo girando. Por esta razão, precisaremos sempre buscar ajuda no Senhor para manter o foco da vida no lugar. Eis algumas maneiras de se fazer isto:

01) Lance sua ansiedade sobre Deus! Pedro nos diz que uma boa razão para isto é porque “Ele tem cuidado de nós” (1Pe 5.7). O apóstolo Paulo reafirma o ensinamento de Jesus: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.6,7; Mt 6.25-34). Quanto maior a ansiedade, maior é o stress e a canseira. Jesus é a solução.

02) Reveja o propósito da sua vida! Corremos para viver ou vivemos para correr? O autor de Eclesiastes questiona: “Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?” (Ec 1.3) Ele mesmo responde: “Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol.” (Ec 1.11). Sem Deus, a vida é vazia, e a sociedade, um vale de ossos secos.

03) Redefina prioridades com base nos seus valores! Faça uma análise e redefina suas próprias metas com base no propósito maior de viver. Não se pode fazer tudo na vida, mas precisamos achar tempo para aquilo que é prioritário: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.34). E ainda: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1Tm 5.8). O trabalho ou os estudos são aspectos necessários da nossa vida, mas não podem suplantar a Deus e a família.

A vida é uma oportunidade finita de plantarmos aquilo que iremos colher aqui amanhã e pela eternidade (Jo 6.27). Não deixe que os muitos afazeres lhe desviem desse propósito.

Templo da IPM

Quem, pois, está disposto, hoje, a trazer ofertas liberalmente ao Senhor?

(1Cr 29.2)

Queridos irmãos da IPM,

Tenho o privilégio de convocar a todas as famílias da IP Morumbi para uma programação muito especial: O Chá dos Membros da IPM que será realizado no dia 27 de Novembro de 2010, sábado, às 17 horas na IPM, com 2 propósitos: 01) Aquisição do Terreno da IPM; 02) Apresentação da Liderança para 2011.

Vivemos um momento muito importante para a vida da Igreja Presbiteriana do Morumbi. Até aqui o Senhor nos tem ajudado (1Sm 7.12). Foi nEle, por meio dEle, e para Ele, que chegamos até aqui. Após 6 anos de trabalho na Vila Andrade e 4 anos no endereço atual, cremos que chegou a hora de darmos um passo mais firme em direção ao objetivo de estabelecermos o local definitivo desta igreja no bairro do Morumbi.

Cremos que é a vontade do Senhor usar nossas vidas para algo sublime do qual não temos real noção de sua grandeza, deixando um legado para várias gerações, com frutos eternos, até Jesus voltar! Uma igreja neste bairro servirá para que o nome do Senhor Jesus seja proclamado e honrado nesta região e em muitos outros lugares onde a igreja for despertada a alcançar.

Assim, convidamos você e sua família para buscarmos juntos a presença do Senhor em oração e obtermos disposição em torno desta causa. Deus é o nosso Guia e será Ele quem nos indicará onde, quando e como a IPM terá seu novo lar. Por enquanto queremos nos dispor a ouvir a voz do Senhor e conclamar a cada um dos membros a colocar este propósito no seu coração e dar voz às suas opiniões e ideias. Sua participação é bem-vinda!

O que se espera da igreja neste momento?

01) Oração – “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Mt 7.7-8). Cremos que o estabelecimento de uma igreja vem de Deus (1Co 3. ). Seria muito perigoso de nossa parte não suplicar ao Senhor para que nos dê: a) imensa sabedoria na escolha do local; b) os recursos necessários para a aquisição; c) um projeto que contemple além de nossa própria geração.

02) Fidelidade nos dízimos – Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa” (Ml 3.10). Estou certo de que, se cada membro de nossa igreja, no irrestrito cumprimento do dever bíblico, for fiel nos dízimos, teremos condições de encaminhar melhores recursos para a poupança. Isto indica que, os que não dizimam, além de estarem em desobediência à Palavra, acabam prejudicando todo o Corpo.

03) Liberalidade nas ofertas – Temos excelentes exemplos na Bíblia de como o povo de Deus age quando é chamado a ofertar: Com Moisés:Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel que me tragam oferta; de todo homem cujo coração o mover para isso, dele recebereis a minha oferta.” (Ex 25.1-2); “Vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração; trouxeram fivelas, pendentes, anéis, braceletes, todos os objetos de ouro; todo homem fazia oferta de ouro ao Senhor” (Ex 35.22) Com Davi:O povo se alegrou com tudo o que se fez voluntariamente; porque de coração íntegro deram eles liberalmente ao Senhor; também o rei Davi se alegrou com grande júbilo” (1Cr 29.9).

04) Olhos abertos – A oportunidade por um terreno ideal para a igreja não deve vir apenas do Conselho ou da Comissão de Aquisição, mas de qualquer irmão que percebê-la. Este deve informar ao pastor ou presbíteros, para podermos imediatamente conhecê-la.

Amado(a), não existe projeto na vida mais consistente e com retorno mais garantido do que o investimento na obra do Senhor, e particularmente, na construção de uma igreja. Que o Senhor use poderosamente nossas vidas hoje, para que, daqui a 30 anos, em um aniversário da IPM, se reconte, com alegria, o grande zelo e amor desta presente geração.

Que o Senhor nos abençoe.

Que o nosso Pai nos abençoe.

UNIVERSIDADE MACKENZIE: EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO RELIGIOSA

A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.

Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.

Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 [LINK http://www.ipb.org.br/noticias/noticia_inteligente.php3?id=808] e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.

Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.

Para ampla divulgação.

Friday, November 12, 2010

Estou Ferido!










É comum encontrarmos pessoas feridas na igreja, geralmente em razão de uma situação de conflito, ou seja, por algum pisão no calo. Será que há solução para a cura dos feridos? Uma atitude comum é abandonar o meio onde ocorreu o problema. Se você está ferido, o que você deveria fazer? Antes de qualquer coisa, devemos entender que a principal razão para termos feridas interiores não está nos outros, mas em nós mesmos! Sendo assim, há cura para você? Creio que há uma medida muito eficaz de libertação: Olhar para Cristo! Sim, este é o verdadeiro remédio para os feridos.

Olhe para Cristo e entregue sua causa ao reto Juiz! “...pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente (1Pedro 2.23). Aprendemos com o Senhor Jesus que devemos deixar com Deus todas as injustiças que sofremos. O julgamento dele é justo, o nosso é parcial, pois o coração está manchado pelo pecado.

Olhe para Cristo e trate ao próximo como ele fez com você.Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros” (1Jo 4.11). Que amor foi este? Foi o amor visto em Jesus, o Cordeiro de Deus, que deixou a glória do Pai, veio ao mundo para se sacrificar por aqueles que eram seus inimigos: eu e você! (Rm 5.10). Olhar para Cristo nos ensina a amar e servir ao próximo, principalmente aquele que é o nosso ofensor. Se não agirmos assim, não podemos dizer que somos discípulos de Cristo (veja Mt 5.46-48). Se amamos, perdoamos.

Olhe para Cristo e trate seu problema de ego! Quanto mais importantes nos julgamos ser, mais sensíveis e intocáveis nos tornamos. Olhe para Cristo. Ele “era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso” (Is 53.3). Jesus seria um forte candidato à sessões de terapia! Sofreu perseguição, traição, e tortura. No entanto, tudo o que ouvimos sair dos seus lábios é: “Senhor, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). A humildade de Jesus (Mc 10.45) é a razão para ele se sujeitar a tanto sofrimento sem se voltar pessoalmente contra seus ofensores. Liberte-se de si mesmo: olhe para Cristo!

Olhe para Cristo e aprenda com as feridas. “embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb 5.8). Quanto mais envolvimento temos na obra do Senhor mais estaremos sujeitos às sermos feridos! Ao invés de rejeitar esse “limão”, faça dele uma bela limonada: aprenda com o seu sofrimento! As mais preciosas lições da vida cristã ocorrerão debaixo do fogo da provação e das decepções. É disto que aprendemos a perseverar! (Tg 1.2).

Amado(a) leitor(a), se você está ferido, você pode dizer: ninguém toca na minha ferida! Ou pode dizer: Jesus, ainda que a minha ferida esteja aberta, estou disposto a te seguir e te obedecer. Sem qualquer sombra de dúvida, este é o melhor curativo!

Friday, November 5, 2010

Um novo propósito de vida

Hoje temos a alegria de receber 3 novos membros por profissão de fé e batismo. São eles: Edmilson Dôglas da Silva, Charles Witkawsky e Renan Catan. Estamos muito felizes por isto! Se existe um dia de vitória para a Igreja de Cristo é quando alguém declara publicamente que o Senhor Jesus Cristo é o Senhor e Salvador de sua vida. Gostaria, assim, de declarar o que este grande passo significa na vida desses nossos novos irmãos:

01) Significa reconhecer a estupidez de uma vida sem Deus. O ser humano, por natureza, é voltado para si. “A vida é minha, eu faço dela o que eu quiser!”, costuma-se ouvir por aí. No entanto, nada é mais perigoso à própria existência do que acharmos que temos posse dela! “O homem é como um sopro; os seus dias como a sombra que passa” (Sl 144.4). Nada é mais enganoso do que vivermos para os valores do mundo: “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mt 16.26). Uma vida sem Deus é triste e vazia. Como diz o autor de Eclesiastes: “Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol? Tudo é vaidade!” (1.3)

02) Significa não viver mais para si mesmo. O propósito de nossa vida não está em nós mesmos, mas em Deus. Deus nos fez para o louvor da sua glória. Ao obedecermos à sua vontade, somos regiamente recompensados com suas bênçãos: “Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará aos desejos do teu coração”; “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Salmo 37.4; Filipenses 4.19). Quando vivemos para Deus, encontramos a plena satisfação para o nosso coração. Viver para Deus se constitui numa grande libertação, pois, do contrário, estaremos debaixo do regime tirano da nossa própria carne.

03) Significa reconhecer Jesus Cristo como Senhor e Salvador pessoal. Viver para Deus é mais do que simplesmente reconhecer a sua existência ou praticar algum tipo de religiosidade externa. É preciso, antes de qualquer coisa, reconhecer a condição de ser um pecador diante de um Deus santo, e receber a sua oferta de salvação em seu Filho Jesus Cristo pela fé: “Crê no Senhor Jesus e será salvo tu e a tua casa” (Atos 16.31)

04) Significa viver por causa de Cristo, por meio de dEle, e para Ele. O apóstolo Paulo diz: “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gálatas 2.19-20). A beleza do viver em Cristo é tê-lo presente em nossa vida e assim, sermos guiados por Ele.

Aos amados irmãos que receberão o batismo dizemos: “Que Deus os abençoe!” na plena certeza de que Ele já os tem abençoado!

Wednesday, October 13, 2010

De Mendigo a Príncipe

Lc 23.39 – Jo 14.2

Um fato curioso me chamou muito a atenção há alguns anos atrás: Todas as noites, a prefeitura de Nova York alugava duas centenas de quartos em excelentes hotéis de Manhattan para abrigar hóspedes inusitados: sem-teto recolhidos nas vias públicas da cidade. Eram aidéticos que deixavam o desconforto das ruas para passar a noite em suítes individuais com ar-condicionado, televisão a cabo e serviço de acesso rápido à internet, com diárias entre 140 e 400 dólares, todos com instalações e localização de primeira. A generosidade municipal era resultado de uma sentença judicial de 1999, que obrigava a prefeitura a dar abrigo aos sem-teto com Aids no mesmo dia em que eles pedem um lugar para dormir. Como faltavam dormitórios individuais em albergues públicos e vagas em hotéis baratos da cidade, restou apenas a opção de oferecer instalações de luxo. É claro, os hotéis de luxo não gostam de ter hóspedes maltrapilhos e malcheirosos circulando pelos corredores – mas a lei americana proíbe que recusem hóspedes, exceto se não puderem pagar a diária. Como Nova York é disparada a cidade com mais casos de Aids já registrados nos Estados Unidos, houve inúmeros casos como estes.*

Deixando de lado a questão social envolvida nesta notícia excêntrica, podemos observar que grande relação ela tem com a nossa vida, porque cada um de nós também já foi um verdadeiro mendigo espiritual vagueando pelos becos do pecado, até um dia quando o próprio Rei nos quis receber em Sua presença, nos tornando, pela graça, em ricos herdeiros.

As Sagradas Escrituras nos dizem que éramos “como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia...” (Is 64.6), que estávamos mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2.1), que tínhamos nos extraviado, éramos inúteis, (Rm 3.12), escravos do pecado (Rm 6.20), e filhos da ira (Ef 2.3), estranhos e inimigos no entendimento, pelas nossas obras malignas (Cl 1.21), e inimigos de Deus (Rm 5.10l; Tg 4.4). Deste modo, estávamos sob a mira da condenação divina (Rm 3.23), sem nenhuma esperança. Éramos mendigos espirituais. Vivíamos na lama do pecado, sem a mínima consciência de nosso estado de imundícia e ainda desejando viver distantes de Deus. Não havia nada em nós que pudesse despertar interesse ou a compaixão de Deus. Éramos arrogantes embora fôssemos infelizes, miseráveis, pobres, cegos e nus (Ap 3.17).

Mas, o fato é que Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou (Ef 2.4), escolheu a cada um de nós antes da fundação do mundo (Ef 1.4), para que, comprados por um alto preço (1Co 6.20), mediante a morte de Seu Filho unigênito (Jo 3.16), fôssemos adotados como seus próprios filhos (1Jo 3.1), de sorte que já não somos mais escravos, mas herdeiros do Criador do Universo (Gl 4.7), e co-herdeiros com Cristo (Rm 8.17), justificados de todas as nossas iniqüidades (Rm 5.1), tendo toda a dívida que existia contra nós cancelada (Cl 2.14), e transformados em templos do próprio Espírito Santo (1Co 6.19). Agora, com uma morada maravilhosa garantida ao lado do Pai (Jo 14.2), nunca mais voltaremos às ruas da iniqüidade para sermos mendigos espirituais, pois o Senhor nos fez assentar definitivamente nos lugares celestiais em Cristo Jesus (Ef 2.6). Glória seja dada a Deus por tamanha misericórdia! Que sempre reconheçamos e louvemos ao Senhor por este extraordinário privilégio.

Rev. Paulo César Nunes dos Santos

(*Notícia extraída da Revista Veja, 25 de Abril de 2001, p. 68)

Friday, September 24, 2010

Viva em paz com seu irmão

Tiago 3:13-18


Nós todos desejamos viver relacionamentos harmoniosos, especialmente na igreja onde estamos, mas muitas vezes esses relacionamentos são marcados por conflitos. Na maioria das vezes que entramos em alguma discussão na igreja, dizemos que estamos defendendo a verdade ou determinados princípios. Certamente há necessidade de se defender a verdade. Mas há uma maneira certa e uma maneira errada de se brigar pela verdade. O grande defensor da fé, Paulo, escreveu a Timóteo (2Tm 2.24-26), “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem...


De forma bastante apropriada, Tiago tece um argumento que parece mais uma pegadinha. Ele pergunta (Tg 3.13a), “Quem entre vós é sábio e inteligente?” Talvez alguém pudesse dizer: “Puxa, obrigado por reconhecer meus talentos!” Mas, então, ele dispara: “Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras”. Ou seja, é fácil dizer que se tem sabedoria, mas Tiago diz, “OK, então mostre a sua sabedoria através de uma conduta apropriada e madura de mansidão”.


Quando entramos em discussão com alguém, devemos nos perguntar qual é a nossa motivação. Seria o orgulho? Antes de entrar em qualquer disputa, pergunte-se primeiramente: - Qual a importância dessa questão à luz da glória de Deus e do bem estar espiritual desta pessoa? Se suas razões não forem puras, você não estará agindo em sabedoria divina.


Buscar a paz nos relacionamentos não é um aspecto de menor importância na Bíblia! Logo após seu conselho à esposas e maridos (1Pe 3.1-7), o apóstolo Pedro cita o Salmo 34, “Aparta-te do mal e pratica o que é bom; procura a paz e empenha-te por alcançá-la” (1Pe 3.11). Essas palavras se aplicam a todo tipo de relacionamento. Devemos perseguir a paz com todo nosso afinco. Paulo ecoa esse tema diversas vezes. Em Efésios 4.3, ele diz que devemos nos esforçar “diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”. Em Romanos 12:18 lemos: “Se possível, no que depender de vós, tende paz com todos os homens”.


Que possamos usar da sabedoria dada a nós para buscar glória a Deus, seu louvor, e o crescimento de seu reino divino, não a expansão do nosso reino pessoal!